quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um ano depois os brincos voltam às orelhas da Margarida


Quem conhece a Margarida sabe que desde muito pequena se revelou muito feminina e os brincos faziam parte das suas preferências por isso aos 4 anos, um pouco contra a vontade do Pai, furou as orelhas. Apesar de eu achar que ela só iria conseguir furar uma orelha (ela costuma sempre chorar o triplo do que lhe dói) ela superou as minhas expectativas e embora não tivesse aguentado o tempo suficiente para o spray anestesiante fazer efeito (tal era a excitação) aguentou heroicamente e sem verter uma lágrima os dois disparos. Confesso que fiquei surpreendida e ao mesmo tempo convenci-me que de facto ela já sabia encarar o lema "beleza a quando obrigas". Nesse dia à noite mais uma aventura: queria tirar os brincos para dormir... tive que lhe dizer que havia a fada dos brinquinhos, que era prima da fada dos dentinhos, e que ela se encarregaria dessa tarefa quando estivesse a dormir. Passado uns tempos começou a coleccionar brincos e a trocar com alguma frequência (é muito vaidosa esta minha Filha) e pedia sempre ao Pai para lhos trocar. Há cerca de um ano atrás ela começou a não pedir para trocar de brincos e começou a não deixar que ninguém lhe mexesse nas orelhas até ao dia em que inadvertidamente ela tocou numa das orelhas e encolheu-se com dor... depois de muita insistência lá cedeu a mostrar a parte de trás das orelhas: fiquei horrorizada! Os brincos eram de espigão idênticos aos que se colocam quando as orelhas são furadas. Uma das orelhas tinha pus, na outra a pecinha que prende o brinco já só se via metade por já estar a ser "absorvida pela orelha"... escusado será dizer que para além de horrorizada fiquei muito mal disposta e tive de pedir ajuda ao Pedro. O Pai conseguiu tirar o brinco da orelha que estava menos mal, o outro teve de ser tirado no hospital. Ao que parece, e segundo o médico, acontece frequentemente esta situação. No caso da Margarida ela disse que gostava tanto daqueles brincos que tinha medo de os perder por isso foi apertando e apertando o brinco. Conclusão: teve de tomar antibiótico e o Pai disse que só voltaria a colocar brincos quando fosse mais crescida. É claro que dei a mão à palmatória e ela lá se esqueceu dos brincos.

Desde o fim-de-semana passado que ela andava novamente a falar nos brincos, deve ser por algumas coleguinhas de turma terem e outras estarem com vontade de ter. O Pedro tentou descartar-lhe essa ideia, mas ela, "gaja" como é não cedeu e ontem encheu-se de coragem e voltou a pôr brincos.

Estava tão feliz que me disse: "Inscrevi-me para o ler, contar e mostar de amanhã: vou mostrar aos meus colegas os meus brincos e dizer às meninas para não apertarem muito os brincos para não terem de ir ao hospital".

1 comentário:

mundo.a.cores disse...

Pois à a I. passou por um tormento idêntico durante cerca de um ano pq fossem quais fossem os brincos ( e experimentámos tudo: ouro, ouro branco, platina) os furinhos só cicatrizaram com uns brincos de argola em prata da Kitty!!! A vaidade... a quanto obrigas! ;)bjs